Sorrisos. Aquele repuxar de lábios repetitivo, concerteza eram sorrisos. Sorrisos fartos, cheios de peru e Old Paar. Fechei e abri os punhos, sentindo meu sangue quente latejar. Observei minhas veias pulsando mais forte que o normal. O movimento dos meus dedos.
Abraços. Como cães automaticamente adestrados, uns abraçavam os outros, ás vezes até com caras de nojo que me proporcionavam risos. Abraços forçados, caixas cheias de falsidades e Avon. Muito Avon. Levantei com meu papel e caneta em mãos, andando decididamente na direção da chuva que ia enfraquecendo.
Tinha a esperança que a água me distraísse, "lavasse minha alma" como dizem alguns. Mas... Seria realmente POSSÍVEL que parasse a chuva justamente quando eu precisava dela? É, parecia ser uma (xxx) brincadeira sem graça, onde toda a natureza ria e se divertia, menos eu. Ou eu apenas estava culpando tudo ao meu redor, observando e pragejando como um velho com medo de ser... Abandonado. É, ao menos a noite não estava tão perdida assim. Meus pensamentos pessimistas estavam evoluindo, se transformando em sabonetes de cereja, canetas. Incrivelmente promissor. Uma lágrima caiu dos meus olhos e voltei pra me sentar a roda, rindo de mim mesmo. Alguns encéfalos encharcados de uísque me fitaram, sem me ver.
Eu só queria não pensar.
Jingle Hell's.
Não foi tão terrivel assim.
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