quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Explicativo.

Este blog não está de acordo com a reforma ortográfica.
Quem tiver alguma reclamação, por favor:

http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=16798036391417125710

Expletivo.

Não quero mais nem pensar, muito menos achar que é assim.
E se for mudar, se tem que mudar, que droga, que mude! Ninguém é tão voluntário assim, e diamantes não são para sempre. O pra sempre sempre acaba, né Cássia? Acordei de manhã hoje pensando sobre como o planeta terra foi formado, constelações e toda a extensão do universo? Não! Eu acordei com um sono do capeta, fui me arrastando até o banheiro e tomei meu banho, escovei os dentes, voltei pro quarto, me arrumei, e saí de casa porque? Por um motivo! Vou ser hipócrita de dizer que fui pra escola estudar? Não! Porque? Porque não, ora bosta! Nem tudo tem sempre que ser tão explicadinho, Teorema de pitágoras e Teoria do estreito de Bering. As coisas acontecem por motivos, FIM! Não seria tudo tão lindo se o professor de matemática estrábico (Igual a Jéssica, rs.) explicasse só até a parte da fração, adição e subtração? Quem não ficaria feliz com isso? Todo mundo, menos os hipócritas! Porque? Porque sim, ora bolas! Porque o céu é azul? Eu sei lá! Porque ficar expondo meus pensamentos complicados em textos difíceis se as pessoas vão ler e dizer "Ahn.. voce escreve bem ein!" Caramba, todas as pessoas alfabetizadas tem a capacidade de escrever bem! Eu não vou mais colocar meus pensamentos pra que alguém tente entender, eu vou simplesmente escrever as merdas que os bundões viciados em internet lêem enquanto comem doritos e tomam nescau? NÃÃÃÃÃÃO? Porque?


PORQUE NÃO, CARAMBA.

Ps.: Elogios são sempre bem vindos.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

E só.

Os dedos estavam suados, mas ela tinha certeza que ele jamais abriria mão dos dedos dela. Não tão cedo.
Eram livres, vivos e castos.
- Tem certeza?
- Sim. - Hesitante, mesmo assim. Disse. Pigarreou e finalmente a olhou, bem nos olhos. Imediatamente se lembrou os "porquês" de seu sim e sorrio aliviado.
O sorriso dele tremeu suas vértebras, vontade de gritar. O sim dele, saiu das entrelinhas e a dominou por completo.
Olharam suas mãos juntas e o mundo inteiro evaporou. Só conseguiam ver um ao outro. E era bom.
O indicador dela se sobrepôs ao dele. As células começaram uma dança estranha, se unindo. Era uma metamorfose de dois. Sentiram o novo corpo ao terminar a fusão. No novo corpo, havia lágrimas pra uma eternidade inteira, e sorrisos também. Tinham a força de um exército, pois estavam juntos. Tinham belos cabelos, belas unhas.
Pisaram na areia com os novos pés, sentindo os dedos afundarem na mesma, bem devagar. A terra os deu boas vindas, seguido de um resmungo manhoso com o peso dos dois. O sol se escondeu encabulado atrás da montanha que sorria. As plantas dançaram ula-ula toda oferecidas, o vento ás fazendo cócegas. Nada mais fazia sentido, nem precisava fazer.

Eram apenas ele e ela. Castos e nus.
O mundo era resto.
Toc, toc, toc. Foram decididas, batidas fortes. Fortes o suficiente pra que eu me levantasse do sofá de súbito, me apoiando apelas pelas mãos, e decidida o bastante pra fazer minha coluna e costas se arrepiarem de temor. Prestei atenção. Havia uma respiração nervosa atrás da madeira da grande porta da sala, e ela era inquietantemente sincronizada à minha. Acelerada, perdendo o compasso.
Meus nervos dispararam, alertos. Minhas pernas, meus dedos, cada pedaço do meu corpo vibrava de curiosidade pelo visitante inesperado. Atordoante. Era algo que nem tentei conter, tão natural como minha respiraçãoa alterada, tão inevitável quanto meu coração batendo em meu peito. A vibração em meu corpo pareceu me preencher por completo, irradiando por meu corpo, acentuando as cores dos móveis, deixando os cheiros mais precisos e distinguíveis. Meus dedos se apertaram no sofá enquanto meu corpo deliberava em ir até a porta e abrí-la. A ponta da minha pele sentiu as costuras do sofá, imaginei em minha cabeça a forma como milhões de fios se uniam pra compor o móvel, a costura, senti as cores da renda em meus dedos.
E natural como viver e inevitável como partir, me levantei apressado e dei uma corrida ágil até a grande porta. Girei a maçaneta apressado e a abri. Com a porta aberta, ali estava a Vida. Eu sabia que teria que percorrê-la pra encontrar quem havia batido na porta, quem havia me chamado.
Era um caminho comum, havia uma vegetação ao redor do mesmo. Uma trilha, era o que era. A trilha parecia fazer meus pés se moverem, e quando vi estava no meio da mesma. Logo a frente era tudo embaçado, o caminho ia aparecendo à medida que eu caminhava. Era estranho, mas socos me atingiam no rosto várias e repetidas vezes. Ás vezes os golpes fulminantes me davam uma absurda vontade de chorar e de rir, e eu os executava sem mesmo pensar antes. Eu não precisava respirar.
Podiam ter sido dias, horas, meses. Mas foram anos, anos andando. Muito tempo. Mesmo com a parte do choro e dor, me senti em êxtase ao fim do caminho. Não havia mais o que percorrer, e eu estava tão pleno que faria Rapell sem os equipamentos, me jogaria nas cataratas do Iguaçú ou bem ali mesmo na Ponte da amizade.
No fim do caminho havia um grande espelho, e de dentro dele, eu saí. Eu me cumprimentei meio aflito, era a primeira e única vez que isso acontece/aconteceu/aconteceria. Sorri a mim mesmo, pois afim sabia que havia encontrado quem havia batido na minha porta. Me dei as mãos e meus pensamentos, meus olhos e minhas células pareceram finalmente se sentir em casa. Com um último suspiro, disse.
- Vem.

E então eu fui.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Sem morbidez.

Fui decidido e cantante. Cheio de muitos porquês. Não havia chuva, não havia vento, nao havia calor ou frio. Só havia meu sorriso no meio da rua tão distante de casa, me mostrando o que eu deveria fazer. Eu estava atrás da história perfeita. Uma feliz, cheia de gente sorrindo e fazendo bolinhos, as mães acariciando seus filhos e lhes mostrando os valores nutricionais da cebola e do brócolis. Uma senhora de vestido amarelo olhou pra mim com estranheza ao ouvir minha risada, eu escondi meu rosto quente no caderno.
Ceeeeeerto. Algo romântico! João e Bruna em uma sacada prometendo amor eterno um ao outro. Mais uma risada bem alta minha e a velha senhora se levantou temerosa e passou a andar, pra bem longe de mim, pelo visto. Continuei sentado, observando que a minha risada a havia espantado. Ou minha expressão levemente diabólica, atrás de uma vida para fuçar e achar algo válido para tomar nota.
Olhando pros lados, sem nada o que fazer. Um carro de sorvete passou sem pressa pelo sinal aberto e quase que o asfalto quente ganha gosto de chocolate, morango e coco...

"Era uma vez, ela. Ela tinha gosto de chocolate, morango e coco e também fazia..."

Amassei a pré-diarréia mental sem muita pressa, meu olhar quase homicida ameaçando o ambiente ao meu redor se eu não conseguisse uma boa história. Vasculhei minha bolsa e encontrei uma infalível barra de cereais. Quando elas não realmente me inspiravam, elas enganavam a fome, e NOSSA, eu estava com muita fome.

"Ele estava com fome, fome de amor. Pobre moribundo, que o coração roncava, o peito chorava e dissipava sabor. Morango, chocolate e coco! Venham pegar um pedaço dele, que mal se espelhe, cheio de ardor..."

Ridículo. Eu precisava de treino, ou de algum acidente cerebral ou simplesmente de.. Algo inusitado. Não entendi direito o olhar que as pessoas me lançavam, peguei meu caderno e com a bolsa meio aberta comecei a andar pela praça. Alguns gordinhos fazendo cooper e mulheres lindas atrás da perfeição me olhavam torto. Ou eu estava bem noiado, tsc. "Sequela é consequência." Fui andando de volta pra casa, desesperançoso. Nada de legal no caminho, uma andorinha ou sei lá que pássaro era aquele passou com um vôo rasante sobre mim. Peguei em meus cabelos desesperado tentando saber se a mesma havia deixado algum presentinho em sua passagem. Não, ainda bem. Eu estava com os cabelos bem bagunçados, talvez isso tenha provocado tantos olhares.

Bufei, bufei. Entrei em casa em pânico, talvez eu jamais conseguiria escrever novamente. Não parecia tão ruim assim. Fui me olhar no espelho, fiquei olhando como eu ficava na blusa que o Léo me deu, parecia que caia bem em mim. Em meu quarto, exercitei o hábito mais rotineiro que me lembro de fazer, tirar o calção. Mas.. ONDE ESTAVA O MEU CALÇÃO?