segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Grunhidos.


Mais em cima, tinha fogo, subindo e descendo, fumaça dançando.
A pantera negra com seus olhos cinicamente cansados, passeava cautelosa por onde antes havia sido Chinatown. Um passo, dois passos. Olhos vibrando, testando os sons ao redor, de um lado a outro. Todos os rastros de destruição e explosões, inscitavam o felino a continuar com cautela, os instintos de extinção de si. Em uma das casas, encontrou um almoço destripado ao chão, os intestinos pra fora, olhos azuis e roupas caras. Não importava pra pantera que a cria da fêmea daquela espécia estava escondida, espiando pela frecha de um dos pequenos armários colocados ao chão. A pantera ouviu o coração do pequeno ser bombear, ao contrário da fêmea que estava esparramada e inerte ao chão, mas se conteve e se contentou em por hora se alimentar dos restos da infeliz.
Satisfeita, saiu andando por Chinatown, lambendo os dentes afiados a procura de um lugar pra descansar.

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