domingo, 29 de novembro de 2009

Saudade.

Pequena. Uma palavra, pobre e sem nexo. Torna tudo isso um simples sentimento sem caráter, algo que tenha cor e que possa ser explicado. Torna essa imensidão algo, alguma coisa. Torna a extensão da dor... sensível. "Ó deus, que saudade, que saudade. Que dor, minha alma gêmea..." PORCARIA.
Esse.. Essa.. Esse tom, essa porção de sangue. Essa porção de sangue que corre pelo lado contrário da veia... A mais direta e profunda, o cálice de ouro mais maciço, o aroma mais podre, ou simplesmente a falta dele, de.. Dor.  A mais maldita falta, o ódio da auto-destruição, a sensação de desprezo pelo próprio corpo só. A não-presença que mata, a falta do alimento da alma, auto-flagelação. Buracos, crateras que reinvidicam espaço na não-pele, e brincam, se aumentam, cavam outros. Abismos. Profundos. I-mundos de dor. A alucinação do não-toque, a mais direta e perfeita colocação da falta, pain. O sussurro da voz que não está ali. Um ácido, que não corrói as beiradas, mas sim brota de dentro e destrói.

Deus, por favor, que esse dia acabe logo.

1 comentário:

  1. Ben Shalom, alô, é você mesmo ou pura imaginação corrosiva? Clama, rapaz, sobreviver vale a aelgrai de existir! Shalom.

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