sábado, 28 de novembro de 2009

Please?

Como se imaginar espelho de algo grande, se esse algo grande não existe? Como procurar as palavras certas, genialidade nas veias, se isso é pó em meio ao sangue. Pó. Se quem pensa sou eu, como posso separar o ilegítimo mim de mim mesmo? Tem gente que consegue! Ou diz que sim, pó. Mesmo sem um rosto a se prender, mesmo sem uma voz.. E não são as palavras assim tão poderosas? E não são os beijos projetados, as promessas, os quase-abraços assim tão bons? Assim, tão.. pó. Inexistente entre o sangue, que não são feitos pra fazer sentido: Um ser, alimentando as nessecidades do outro. Tu, alimentando meu pó enquanto eu bebo de teu sangue. Não há carne, é uma conexão de espíritos. É o puro desejo, as puras palavras, o puro escrever. No caso, o puro transmitir. Expor. Amar.


Pó.

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