domingo, 31 de outubro de 2010

Paciência.

Eu me parecia com o sol, naquela idade do dia. E simplesmente não pude dizer. Não saiu. Não veio. Não senti. Meus lábios procuraram famintos os dela, tentando tapar as minhas próprias dúvidas. Teria eu coragem? Pro bem dela, eu não tive. Coragem nenhuma.
Como se sentiria, posteriormente descobrindo que o disse, simplesmente por medo de magoá-la? Isso a magoaria mais ainda? Ou ela reconheceria que o meu maior medo era fazê-la sangrar mais uma vez? Uma vingança particular, pelo o que ela havia feito comigo.... Pois era certo que eu um dia a amaria. Mais poderia eu expressar sem ter certeza? Atirar no escuro, brincar com fogo? Eu seria capaz?

Eu não queria fazê-lo. Mas e ela?

Então, colocou sua cabeça em meu peito e ouviu meu coração. Senti quando ela virou o rosto, que na minha blusa, ela enxugava as minhas dúvidas, escondida.

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