sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Just tonight.

Não, você não é. - Responde o espelho.
Caio de joelhos.
Sem paz.
Sem fé.
Nessas ultimas semanas, eu tenho tentado. Arduamente. Mas, de certa forma, é como se eu não estivesse vivendo a minha vida. A minha vida...
Vi em algum lugar, que os deuses se alimentam da devoção. Talvez a morte se alimente do medo. E eu me alimente dos meus próprios sentimentos. Não que eu esteja tentando me comparar as divindades. Definitivamente, longe de mim.
Me sugo, me rasgo, choro. Eu creio em mim mesmo, mas de repente eu simplesmente estou bem por não crer mais. Por não amar mais. Por não me ter mais. Seria bom, por alguns instantes, mais uma vez, não me ter mais.
Eu preciso de um vidrinho que me faça crescer, eu preciso ser forte o suficiente pra não chorar pela falsidade. Eu vou andando e meus pés vão afundando no chão, até ficar apenas com a cabeça de fora. Ela não é absorvida pelo chão e mesmo quando eu tenho todo o oxigênio do mundo a minha disposição, me sinto sufocado. Mas eu sou o chão. Eu sempre fui. Então, como me alimento de mim, tento me suicidar. Uma reação instintiva. Sufoco-me. E mesmo sem me olhar nos olhos, o reflexo é o mesmo. O mundo ao meu redor gira, eu eu estou parado. Eu queria... Eu quero. Mas isso não é mais importante.

Eu bem que gostaria de morrer, mesmo que em mim. Porque morrer é fácil.

Viver, é que é difícil.

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