domingo, 30 de maio de 2010

John Bilvey.

Seu sorriso era constante e belo, distraível até.

Mas pra um bom jogador como eu, não era nada que pudesse impressionar. Nada que me impedisse de rir enquanto minha mão direita surrupiava sua carteira. Com a visão periférica verifiquei seu saldo bancário com um dos extratos mais recentes que estava dependurado num dos bolsos mais acessíveis de sua bolsa. Eu não era um assaltante de bolsas, não mesmo. Muito menos um bate carteiras, eu estava apenas checando. Era um saldo interessante até, estava na média. "Descuidado", tossi com alguma força demais, e assim como eu esperava, ela se inclinou pra mim pra perguntar se eu estava bem e me dirigir um educado "Saúde". Me aproveitei disso para colocar sua bolsa e carteira onde eu havia encontrado, sorrindo pesaroso pela falta de educação á mesa.

Seu celular tocou na exata hora que pûs a bolas de volta. Sorri da minha sorte.
Era uma vítima em potencial. Além de linda. Mas, de mulheres lindas, meu currículo estava cheio.
Ela atendia o telefone e jogava o cabelo de lado, mantendo o contato visual comigo e com minha boca.
Desligou rápido o celular.

Comecei a jogar então, com a voz suave e calma, tentando descobrir o que ela queria jantar.

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