quinta-feira, 17 de junho de 2010

12/06/2010

E tinha aquelas coisas estranhas no peito que eu não entendia.

Caíram ao chão os antigos conceitos sobre coisas eternas. (Não que já não se sentissem meio duvidosos.) Esses verbos no começo já estavam me irritando, então iremos direto ás acusações.

Eu achava que sentado ali, no lugar semelhante, ás mesmas palavras seriam ditas, e eu sairia me sentindo livre. Mas ao olhar nos olhos, segurar nas mãos e prometer mudanças, me senti diferente. Eu senti um calor, eu senti um frio, eu senti que talvez eu pudesse algum dia no futuro, ser feliz. A partir dali, daquele momento. O que eu senti, se chamava esperança.

Então foi o que fiz. Me senti... Continuado.
Eu não havia me atrasado pra nada de especial. Mas o que eu sentia, mostraria depois, que eu estava completamente errado sobre a forma como pensava. Como eu podia ter me deixado levar tão fácil?

Segui marcado, depois do ponto e vírgula, ainda precisando urgentemente arrumar uma rotina. Pra esquecer das palavras. Pra esquecer dos olhares. Pra esquecer das promessas.

Não me atrevo a perguntar se valeu a pena. Pra mim, valeu. Ao menos pra mim.

Talvez o problema central seja que os melhores sentimentos se concentrem apenas em mim. Eu que seja o amor dos dois, a compaixão dos dois, o egoísmo dos dois, a paixão dos dois.

Sim, o egoísmo dos dois.
Pois me disseram ontem que todos em um relacionamento são egoístas, pensando em exclusivamente ser feliz. Me vi então, discordando. Muitas vezes continuei apenas por... continuar. Me sentir, continuado. Não daquela forma de continuação que me senti em relação á esperança. E sim a continuação em relação à compaixão. Mas agora que acordei e não sobrou nenhum pão pro meu café da manhã, terei que concordar.

Talvez eu sempre tenha me preucupado demais em sentir.
Talvez eu sempre tenha achado demais.

Mas tudo o que vou guardar pra mim, não vai ser material. O material será devolvido.
E vou tentar parar de escrever sobre você.

Mesmo que você seja a única exceção.

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