sábado, 19 de junho de 2010

Arrogante, mente, faço.

Era como eu jamais pensei que me sentiria. Mas estava lá o sentimento, sólido.
Agora até meus olhos me traem. Todo dia. Todo dia, um novo grito.
Saudade e desespero se revezam na ausência, a dor do dia não dito.
Fazendo meus últimos dias melhores, eu respiro, venho e fico.

Necessidades.

Não a sinto mais, então sem precisar, sento sobre o papel. Sinto no papel. Mostro-me tudo o que se passa. E aí surgem mais motivos, razões, porquês. Grito, grito. Meus olhos o fazem sem esforço, se acostumando. Eu espero o tempo vir, passar, pra me curar..

Como, se, fosse, possível.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

12/06/2010

E tinha aquelas coisas estranhas no peito que eu não entendia.

Caíram ao chão os antigos conceitos sobre coisas eternas. (Não que já não se sentissem meio duvidosos.) Esses verbos no começo já estavam me irritando, então iremos direto ás acusações.

Eu achava que sentado ali, no lugar semelhante, ás mesmas palavras seriam ditas, e eu sairia me sentindo livre. Mas ao olhar nos olhos, segurar nas mãos e prometer mudanças, me senti diferente. Eu senti um calor, eu senti um frio, eu senti que talvez eu pudesse algum dia no futuro, ser feliz. A partir dali, daquele momento. O que eu senti, se chamava esperança.

Então foi o que fiz. Me senti... Continuado.
Eu não havia me atrasado pra nada de especial. Mas o que eu sentia, mostraria depois, que eu estava completamente errado sobre a forma como pensava. Como eu podia ter me deixado levar tão fácil?

Segui marcado, depois do ponto e vírgula, ainda precisando urgentemente arrumar uma rotina. Pra esquecer das palavras. Pra esquecer dos olhares. Pra esquecer das promessas.

Não me atrevo a perguntar se valeu a pena. Pra mim, valeu. Ao menos pra mim.

Talvez o problema central seja que os melhores sentimentos se concentrem apenas em mim. Eu que seja o amor dos dois, a compaixão dos dois, o egoísmo dos dois, a paixão dos dois.

Sim, o egoísmo dos dois.
Pois me disseram ontem que todos em um relacionamento são egoístas, pensando em exclusivamente ser feliz. Me vi então, discordando. Muitas vezes continuei apenas por... continuar. Me sentir, continuado. Não daquela forma de continuação que me senti em relação á esperança. E sim a continuação em relação à compaixão. Mas agora que acordei e não sobrou nenhum pão pro meu café da manhã, terei que concordar.

Talvez eu sempre tenha me preucupado demais em sentir.
Talvez eu sempre tenha achado demais.

Mas tudo o que vou guardar pra mim, não vai ser material. O material será devolvido.
E vou tentar parar de escrever sobre você.

Mesmo que você seja a única exceção.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Pequeno segredo sujo.

Retorço.

Olho ao redor em busca de saídas. Não há, nem trancas. Simplesmente não existe forma de... Dizer. E vou me deixando ir pelos cantos, vazando pelas frestas... Então, eu sorrio mais uma vez.

Sinto um frio subir pelo estômago, ele toma conta dos meus pulsos e fazem meus dedos sorrirem. Nada é o que se pensa, nada. As cores mudam de nome a cada segundo, e as lágrimas caem como tomar doce de criança. Fácil. Eu me desfaço, me contorço. Eu só quero chorar. Só há escuridão ao meu redor. Eu estou caindo.

Mesmo estando tão emocionado, consigo ver a razão. Então em vez de procurar as portas, eu me tranco.

Me sinto livre. Uma falsa liberdade. Porém, livre.

Então, eu sorrio mais uma vez.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Viajando rumo a áfrica.

Uma fumaça esvoaçante era vista a frente, mostrando que as chaminés das fábricas de pães estavam trabalhando a todo vapor. Um carrinho amarelo-lilás passeava pelas ruas da Bela Cidade Desconhecida, Srta Misfits dirigindo vagarosamente pra mostrar seu novo mimo. Trabalhando arduamente, um marceneiro batia seu martelo sob suor e dívidas, e também sobre a madeira.

Era um dia legal, risonho, ensolarado.

A cidade era cheia de cajus. E mangas.

A chaminé começa a dar defeito até começar a cuspir fumaça convulsiva mente. Srta Misfits derrapa seu carrinho amarelo-lilás sobre um gigante caju, logo começando a dar cavalos de pau, pois com a fumaça, nada pode ver. O marceneiro perde o controle do martelo, o arremessando sem querer. O mesmo quebra  o vidro e entra direto no olho esquerdo de Srta Misfits, que já sem controle de seu carrinho amarelo-lilás, fica logo cega. Sem visão, sem coração e agora sem alguns cavalinhos de pau, Srta Misfits se atira no buraco abaixo. 5 segundos depois tudo explode, 5 anos depois os cavalinhos de pau, tostados, de Srta Misfits são distrubuídos pra crianças carentes da Bela Cidade Desconhecida.